As Pessoas Felizes São Livres
O maior sonho de todos os seres humanos é a liberdade. Faz parte da essência humana.
Repugna a qualquer indivíduo a imposição de barreiras que impeçam a auto-realização.
Ser livre como pássaros no céu, livre como o vento, livre como as águas do mar, livre como a flor que exala o seu perfume, indiferente a quem o receba.
Há imensas pessoas aprisionadas na nau de si mesmas.
São pessoas que vivem no fundo do poço, diminuindo os seus próprios limites; indivíduos amarrados aos seus ódios, ao seu passado traumático, aos seus medos inibidores; são seres humanos alquebrados pela idade e amargurados pela dependência; são criaturas que não acreditam em si mesmas; são seres tomados de bloqueios mentais, emocionais e espirituais.
Quantas pessoas agrilhoadas pelas frustrações e pelos fracassos! Casamentos amarrados por mentes perturbadas! Amores desfeitos por ciúmes doentios! Empresários fechados na prisão do seu próprio dinheiro! Religiosos tolhidos por crenças erradas!
A liberdade não é uma opção, nem um privilégio. É uma qualidade inerente à criatura humana.
O tripé sobre o qual assenta o ser humano é: sabedoria, liberdade e poder. Sobre este tripé, ele tem condições de fazer a sua vida em qualquer direção.
As Pessoas Felizes são livres para desfrutar da vida, para fazer o bem, para se realizar, para amar, para celebrar fisicamente o amor, para expressar os seus dons, para criar, inventar, sonhar, perseguir os seus ideais e materializar os seus projectos.
As pessoas felizes sentem-se livres do passado e das preocupações relativas ao futuro. Sabem que ao pensamento se segue a reacção, à reacção segue-se a acção e à acção segue-se a materialização.
As pessoas felizes têm a certeza de que a vida corre de acordo com o poder criador mental. Seguem em frente, com fé e alegria, confiantes na colheita.
As pessoas felizes prezam a liberdade própria e respeitam a dos outros. Têm a firme convicção de que a liberdade é uma estrada de duas vias.
As pessoas felizes não são dependentes, nem ciumentas, nem invejosas, por isso estimulam o espírito livre dos outros e alegram-se com a liberdade e o sucesso alheios.
As pessoas felizes têm a medida certa da liberdade, porque se inspiram na regra básica ensinada por Jesus: "Não faça ao outro o que não quer que o outro lhe faça a si."
Certa vez, pediram a santo Agostinho, um grande sábio do século IV, que falasse sobre a liberdade.
Ele respondeu:
— Ama e faz o que quiseres, porque, se tu amares, tudo o que fizeres será amor.
As pessoas felizes compreenderam que o amor e a liberdade andam de mãos dadas. O amor é o paradigma da liberdade. Onde há amor, não existe ciúme, inveja, medos, perturbações, neuroses, psicoses, truculências, imposições, grilhões, violência. As pessoas felizes sabem disso e vivem uma liberdade prazenteira e saudável.
Do livro "Porque é que as pessoas felizes são felizes?" de Lauro Trevisan