quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

São Paulo Apóstolo

Sempre tive a impressão que havia uma ligação muito forte entre eu e São Paulo, não o time da capital paulista, pois nesse ponto já sou bem definido quanto à escolha do meu time, trata-se do Apóstolo São Paulo.

Por várias coincidências, comecei a perceber que eu tinha algumas ligações com este santo que começaram desde o meu nascimento e com a minha ida ao Cursilho tudo se confirmou.

Meu nascimento foi na Cidade de São Paulo, mas apenas nasci naquele local, com uma bronquite muito forte meu pai teve que se mudar para uma cidade quente pois eu corria o risco de morte, então ele escolheu bem, a cidade de Cachoeiro de Itapemirim, a mais quente do Espírito Santo.

Meu aniversário é no dia 25/01 quando se comemora a data da conversão de São Paulo Apóstolo.

O nome da Maternidade onde Nasci se chama Maternidade de São Paulo.

Tenho profundo sentimento por patriotismo, justiça, sou fã da história de luta dos soldados aliados na Segunda Guerra (apesar de São Paulo ter sido um perseguidor, mas era um Soldado).

E quando fui fazer o cursilho no período de 26 a 29 de novembro de 2009, dos 07 Grupos organizados com nomes de Santo, o meu era SÃO PAULO.

Assim, da mesma forma que São Paulo se converteu, também fui convertido nesse dia e desse dia em diante meu santo protetor é São Paulo.

Um breve histórico sobre esse santo homem:

Fonte:http://www.cursilho.org.br/interna.php?pag=sao-paulo-apostolo

O CONVERTIDO FERVOROSO: DOS 28 AOS 41 ANOS DE IDADE

1. Queda na estrada de Damasco

É importante lembrar que Paulo não caiu do cavalo como costumeiramente falamos. Estava com 28 anos de idade, tinha poder e prestígio. Em nome do Sinédrio liderava a perseguição contra os cristãos. Em At 9,1-2; 26,9-12, ele pede licença para persegui-los até em Damasco da Síria (200 km de distância) – sete dias de viagem. No caminho acontece algo novo: Paulo cai por terra e ouve uma voz: “SAULO, SAULO, PORQUE ME PERSEGUES?” (At 9,4). Paulo estava perseguindo a comunidade. Jesus se identifica com a comunidade. Coloca-se ao lado do perseguido, desaprova o perseguidor. Estava sozinho, sem rumo, perdido no meio do caminho.

A queda na estrada de Damasco foi o divisor das águas: aqui a vida de Paulo se divide em ANTES e DEPOIS. A entrada de Jesus em sua vida não foi pacífica, mas uma tempestade violenta.

2. Algumas imagens

A Bíblia usa algumas imagens para descrever o que aconteceu: duas de Lucas para sugerir a semelhança entre Paulo e os Profetas, e duas do próprio Paulo.

a) QUEDA: Deus não pediu licença: entrou e o derrubou (At 9,4; 22,7; 26,14). Caído no chão, ele se entrega. O caçador foi alcançado.

b) CEGO: uma luz o envolveu (At 9,3). Luz tão forte que ele ficou cego por três dias, sem comer e nem beber (At 9,8-9). São três dias de escuridão, de morte que antecedeu à ressurreição. O líder teve que ser conduzido pela mão dos seus liderados (At 9,8). Paulo só começou a enxergar quando Ananias impôs as mãos e disse: “SAULO, MEU IRMÃO!” (At 9,18). Ressuscitou no exato momento em que foi acolhido na comunidade como IRMÃO. Morreu o perseguidor, ressuscitou o profeta.

c) ABORTO: “POR ÚLTIMO, JESUS APARECEU A MIM, QUE SOU UM ABORTO” (I Cor 15,8). O seu nascimento para Cristo não foi normal. Deus o fez nascer de maneira forçada. Paulo foi arrancado do seu mundo, como se arranca uma criança do seio de sua mãe por meio de uma operação.

d) “FUI APANHADO”: “PROCURO APANHÁ-LO, ASSIM COMO EU MESMO FUI APANHADO POR ELE” (Fl 3,12)

Queda, cegueira, aborto. Estas imagens sugerem a ruptura que houve, revelam o fracasso do sistema em que ele vivia. Apareceu o NADA de Paulo, de onde vai nascer o TUDO de Deus! “SEM MIM NADA PODEIS FAZER” (Jo 15,5). “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE” (Fl 4,13)

3. Ruptura e continuidade

a) RUPTURA: quebrou tudo: o ideal que ele alimentava na vida; a observância que fazia da Lei; o seu esforço de conquistar a justiça e chegar até Deus. Desmoronou o mundo em que ele vivia. No momento da ruptura reapareceu o rosto de Deus. O Deus de ANTES estava com ele DEPOIS. Deus, maior que a ruptura, fez a continuidade.

Na estrada de Damasco, Paulo recebeu sem nenhum esforço, o que durante 28 anos não tinha conseguido alcançar: a certeza de que Deus o ACOLHIA e o JUSTIFICAVA (Rm 3,19-24).

Deus lhe mostrou o seu amor, quando ele, estava sendo “blasfemo, perseguidor e insolente” (1 Tm 1,13; 1 Cor 15,9). A graça foi maior que o pecado. Agora, Paulo, só confia naquilo que Deus faz por ele. Já não coloca sua segurança na observância da lei, mas sim no amor a Deus por ele (Gl 2,20-21; Rm 3,21-26).

b) GRATUIDADE: esta foi a marca da experiência de Paulo na estrada de Damasco, que renovou por dentro todo o seu relacionamento com Deus.

A experiência da gratuidade do amor a Deus vai dar rumo à vida de Paulo e vai sustentá-lo nas crises que virão. Antes, Paulo olhava para Deus, lá distante, e procurava alcançá-lo através da observância da lei e da tradição dos antigos; pensava só em sim mesmo e em sua própria justificação. Agora, sentindo-se acolhido e justificado por Deus, já podia esquecer-se de si e da sua própria justificação para pensar só nos outros e servi-los através da prática do amor “QUE É A PLENITUDE DA LEI (Rm 3,10; Gl 5,14).

A conversão para Cristo significou uma mudança profunda na vida de Paulo. Foi sempre fiel a Deus e ao povo. Tornando-se cristão não estava deixando de ser judeu. Foi a vontade de ser fiel às esperanças do seu povo que o levou a aceitar Jesus como Messias. Reconheceu em Jesus o SIM de Deus e às promessas feitas ao seu povo no passado (2 Cor 1,20). A fidelidade ao Evangelho deve levar a uma fidelidade maior ao nosso povo.

4. “É CRISTO QUE VIVE EM MIM”: MATURAÇÃO

A conversão se aprofunda. Não temos informação sobre a conversão prolongada de Paulo, que se estendeu por treze anos. São treze anos de silêncio.

a) “ELE ME AMOU E SE ENTREGOU POR MIM” (Gl 2,20)
A leitura da Bíblia ajudou Paulo a descobrir o significado da morte de Jesus. Na época do cativeiro quando o povo inteiro caiu na pobreza, nasceu a esperança: Deus vai ser o nosso parente mais próximo. Foi essa esperança antiga do seu povo que Paulo descobriu o sentido da morte de Jesus. Esta Boa Notícia modificou por completo a vida de Paulo.

b) “VIVO, MAS JÁ NÃO SOU EU QUE VIVO; É CRISTO QUE VIVE EM MIM” (Gl 2,20)
A experiência do amor levou Paulo a desocupar o barraco da sua vida e dizer a Jesus: “PODE ENTRAR E MORAR AQUI DENTRO. O SENHOR É QUEM MANDA”.

c) “SE MORREMOS COM CRISTO, TAMBÉM VIVEREMOS COM ELE” (Rm 6,8)
O ideal do cristão é ser como Jesus. Quem morre como Jesus, doando sua vida pelos outros, também participará com Jesus na vitória sobre a morte. Essa experiência da morte e ressurreição fez de Paulo um homem livre: venceu nele o medo da morte (Rm 6-3-7), deu sentido à sua renúncia (Fl 3,7-8).

d) “QUANDO ME SINTO FRACO, AI É QUE SOU FRACO” (2 Cor 12,10)
Paulo sentiu suas limitações e experimentou o que Jesus dizia: “SEM MIM NADA PODEIS FAZER” (Jo 15,5; 2 Cor 11,30; 12,10). Mesmo com as limitações sentia uma poderosa energia que o ajudava na luta e na caminhada. Pedia a Deus que os cristãos tomassem consciência “da extraordinária grandeza desse poder que atuava neles através da fé” (Ef 1,17-20)

e) “ESTEJAM SEMPRE ALEGRES, REZEM SEM CESSAR” (1 Ts 5,16-17)
Através da oração constante, Paulo vive em contato permanente com essa força da ressurreição que o invade.

f) “FÉ, ESPERANÇA E AMOR. O MAIOR DOS TRÊS É O AMOR” (1 Cor 13,13)
Sem o amor não somos nada. O amor é um dom.

Concluindo

Em treze anos, Paulo passou em: Damasco, Arábia (3 anos), Jerusalém, Tarso, Antioquia.

Neste período:

* participa da vida de comunidade;
* deve ter anunciado o Evangelho;
* contribuiu para a expansão e o crescimento das comunidades da Síria na Arábia e na Cilícia;
* deve ter exercido sua profissão para ter o que comer e com o que se vestir;
* o foco deste período está na nova experiência de vida a partir de Jesus.