terça-feira, 30 de junho de 2009

Mulheres, olhai em quem estão votando!

Todo mundo sabe que a Lei Maria da Penha, Lei 11.340/06 foi criada para proteger a mulher de qualquer tipo de violência. Até mesmo quem não entende muito de lei, só de ser perguntado para que foi criada a Lei MARIA DA PENHA e não Joãozinho do Penha, pela lógica falaria que ela foi criada para algo em razão da mulher, ou até mesmo da Maria da Penha!

Pois é, eleitores e eleitoras, ontem o CQC novamente foi ao Congresso para provar que os homens que representam nosso povo estão lá para atenderem aos próprios interesses, pois a maioria não soube responder ou respondeu errado a pergunta de Danilo Gentili sobre a importância da Lei Maria da Penha.

É por isso que eu insisto, continuo votando no Branco e no Nulo até que criem uma lei (utopia mas acredito nela) que obrigue que os candidatos a Deputado Federal e Senadores tenham no mínimo diploma de direito e 03 anos de advocacia para se elegerem. Engraçado, que para tirarmos a carteira da ordem para trabalharmos, dificultam de todas as formas e para ser deputado e senador pra não enteder porcaria nenhuma de lei, qualquer analfabeto pode!

ISSO É O BRASIL! ISSO É UMA VERGONHA!

Vejam e confiram:


O MISTÉRIO DA POESIA

(Rubem Braga)

NÃO sei o nome desse poeta, acho que boliviano; apenas lhe conheço um poema, ensinado por um amigo. E só guardei os primeiros versos: Trabajar era bueno en el Sur. Cortar los árboles, hacer canoas de los troncos.

E tendo guardado esses dois versos tão simples, aqui me debruço ainda uma vez sobre o mistério da poesia.

O poema era grande, mas foram essas palavras que me emocionaram. Lembro-me delas às vezes, numa viagem; quando estou aborrecido, tenho notado que as murmuro para mim mesmo, de vez em quando, nesses momentos de tédio urbano. E elas produzem em mim uma espécie de consolo e de saudade não sei de quê.

Lembrei-me agora mesmo, no instante em que abria a máquina para trabalhar nessa coisa vã e cansativa que é fazer crônica.

De onde vem o efeito poético? É fácil dizer que vem do sentido dos versos; mas não é apenas do sentido. Se ele dissesse: Era bueno trabajar en el Sur, não creio que o poema pudesse me impressionar. Se no lugar de usar o infinito do verbo cortar z do verbo hacer usasse o passado, creio que isso enfraqueceria tudo. Penso no ritmo; ele sozinho não dá para explicar nada. Além disso, as palavras usadas são, rigorosamente, das mais banais da língua. Reparem que tudo está dito com os elementos mais simples: trabajar, era bueno, Sur, cortar, árboles, hacer canoas, troncos.

Isso me lembra um dos maiores versos de Camões, todo ele também com as palavras mais corriqueiras de nossa língua:

"A grande dor das coisas que passaram."

Talvez o que impressione seja mesmo isso: essa faculdade de dar um sentido solene e alto às palavras de todo dia. Nesse poema sul-americano a idéia da canoa é também um motivo de emoção.

Não há coisa mais simples e primitiva que uma canoa feita de um tronco de árvore; e acontece que muitas vezes a canoa é de uma grande beleza plástica. E de repente me ocorre que talvez esses versos me emocionem particularmente por causa de uma infância de beira-rio e de beira-mar. Mas não pode ser: o principal sentido dos versos é o do trabalho; um trabalho que era bom, não essa "necessidade aborrecida" de hoje. Desejo de fazer alguma coisa simples, honrada e bela, e imaginar que já se fez.

Fala-se muito em mistério poético; e não faltam poetas modernos que procurem esse mistério enunciando coisas obscuras, o que dá margem a muito equívoco e muita bobagem. Se na verdade existe muita poesia e muita carga de emoção em certos versos sem um sentido claro, isso não quer dizer que, turvando um pouco as águas, elas fiquem mais profundas...

domingo, 28 de junho de 2009

ADEUS.

(Alex Cardoso)

Dizer adeus é para quem tem coragem, aceitar o Adeus é para quem tem amor!

Na hora do Adeus, o que é mais importante? Pensar em quem está se despedindo ou em quem vai ser despedido?

Difícil escolha, mas o certo é pensar em si mesmo, pensar que você é um ser amável, amado, mas que também em determinados momentos da vida é substituível. Mas não importa se estão lhe substituindo por outro, a verdade é que a vida é um ciclo, assim como estão lhe dando Adeus para lhe substituirem, com certeza alguém dará Adeus para substituí-lo por você!

A vida é isso, o amor é isso! Uma enorme Roda-Gigante de sentimentos!

O mais importante é não deixar de amar, desejar e ser desejado, perdoar e esquecer as pobres almas que não entendem que por mais que queiram mudar suas vidas, as coisas acontecerão da mesma maneira na próxima viagem.

O que mais importa agora no momento do Adeus, é ter certeza que essa despedida um dia fará falta, trará lembranças boas, talvez uma pontinha de arrependimento, e a certeza que nada será como antes.

Adeus, palavra tão curta com significado tão grande!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Black or White?

Morreu o mito Michael Jackson, ficou a dúvida: Doença ou obsessão?

Qual a verdadeira vontade der ser: Negro ou Branco? Vergonha ou necessidade?

De uma forma ou de outra, ficou a lenda, a história de um tipo de ser humano daqueles raros, os super homens, assim como Lennon, Gandhi, Elvis, Einstein, Michelângelo, Kennedy, e tantos outros nas mais variadas expressões da cultura e sociedade do planeta.

A diferença desses caras é que eles são únicos, inimitáveis, eternos.

Adorava o desenho dos Jackson's Five e de suas músicas, não curti muito a fase solo de Michael, mas quem tem 30 e poucos anos como eu, com certeza já imitou os seu MOONWALKER e também jogou fliperama do jogo com o mesmo nome!

OS CABELOS

(Alex Cardoso)

Estavam eu e um amigo papeando na calçada da casa de minha mãe, discutíamos sobre os mais diferentes gostos que tínhamos, quando então apareceu ao longe uma moça, usando uma camiseta branca com um decote em "v" incrível; que no fundo no fundo, formava um "y"com o desenho dos seus seios; calça jeans, cintura baixa, acessórios nas mãos e no pescoço, brinco redondo de cor prateada e uma sandália de alças fininhas destacando os seus pés. Então essa moça começou a se destacar cada vez mais no plano de nossos olhos, aproximou-se e com seu jeito de andar simplesmente parou tudo em nossa volta, nosso globo ocular parecia acompanhá-la como num jogo de tênis, éramos naquele momento impressionados telespectadores de uma beleza que não se sabe de onde veio, nos mumificou. O tempo parecia ter parado, como se fosse uma cena de filme Hollywoodiano onde aquela beldade passa e então o diretor aplica um efeito de câmera lenta, éramos eu e meu amigo, sentados na calçada, imóveis, somente movimentando o pescoço demoradamente e o globo dos nossos olhos.

Então, em poucos segundos, o pequeno espaço ocupado por nossos corpos se viu perfumado por uma fragrância deliciosa, nossos narizes se empinaram como se estivéssemos praticando nado sincronizado, estávamos ali, eu e meu companheiro, afogados num perfume tão bom que nos sentíamos mortos a caminho para o céu, sim, pois dizem que depois que morremos, as cores, sabores e perfumes são muito mais coloridos, saborosos e vibrantes do que naquela calçada onde estavam sentadas duas bundas mortais, embasbacadas!

Nosso pescoço já havia virado 180 graus para a esquerda, totalmente desorientados, não sabíamos se usávamos mais o olfato ou a visão, naquele momento, havíamos perdido o controle da máquina humana, estávamos sendo controlados pelo nosso instinto homem, animal. Mas o cérebro ainda funcionava, e me acordou com a lembrança daquele perfume que ela deixava no ar enquanto ia embora, era de Filtro Solar, demorei para puxar lá do meu arquivo cerebral aquele cheiro tão peculiar, não era para eu achar estranho, pois acabava de passar por mim uma moça linda e branca, por esse motivo aquele perfume agradável deixado no ar como flores balançadas pelo vento.

Lembrança boa me veio à mente, meu tempo de moleque, aquela menina pela qual me apaixonei, branca, cuidadosa, sempre passava o filtro solar antes de sair de casa, medo de envelhecer logo com o calor aumentando a cada ano, mas mesmo com a pele um tanto oleosa, me deixava sempre com vontade de abraçá-la, apesar da gastura que tenho por óleos, aquela paixão me libertava de qualquer repúdio por qualquer coisa que fosse, eu só queria amá-la, mais nada.

Acordei das minhas lembranças, balancei a cabeça, pisquei meus olhos, e percebi que na verdade ainda estava do lado do meu amigo, sentado na calçada da casa da minha mãe, perdendo de vista aquela moça perfumada e bonita que me fez recordar de um tempo que não volta mais, daí então, começamos eu e meu amigo e vislumbrá-la por trás.

Há! Os homens, sempre os mesmos!

Mas engraçado que, enquanto meu amigo olhava fixamente para aquela coisinha redonda camuflada por um jeans, eu ainda fixava meus olhos na parte de cima, mais precisamente na sua cabeça, meu amigo olhou para trás com a intenção de me alertar para aquela circunferência toda quando percebeu que meus olhos estavam perdidos olhando para cima, minha boca aberta, caída, eu estava simplesmente apaixonado pelos seus cabelos. Meu amigo olhava para onde eu olhava, olhava para mim novamente, tentando encaixar o seu ângulo de visão no meu ângulo de visão, foi então que ele percebeu que eu estava olhando para os cabelos da moça perfumada, voltou a olhar para mim novamente e me cutucou, perguntando o que é que eu estava olhando?

Fechei a boca apenas para falar: Cabelo!

Meu amigo não entendia que eu era um homem diferente, enquanto a maioria dos homens prefere olhar a bunda das mulheres, eu preferia olhar os cabelos. Os cabelos das mulheres demonstram o cuidado e o carinho que elas tem, cada um é diferente do outro, o que torna a mulher especial em relação a outra, a bunda não, a bunda na maioria das vezes tem a forma igual, é redonda, coberta por uma saia ou uma calça, ou sei lá o que a moda anda inventando, a bunda é bonita para ser mostrada nua, lisa, com ou sem marca de calcinha, naquele momento de tesão, onde a surpresa vira euforia, a novidade vira vitória, felicidade. O cabelo, tá lá, balançando, perfumando, iluminando, acompanhando o rebolado da moça que passava por nós, não era surpresa nenhuma, não atiçava a curiosidade, o cabelo era lindo, fazia parte da beleza da menina cheirosa, deixava o contorno do seu rosto mais bonito, e seu comprimento era como uma flecha indicando o resto das suas costas, harmonia, paixão.

O cabelo da mulher sempre me fez apaixonar, por isso, na minha vida toda, nunca liguei se a moça era preta, branca, amarela ou parda, seus cabelos me fizeram experimentar coisas incríveis, perfumes dos mais diferentes shampoos, enrolei minhas mãos em cabelos loiros, vermelhos, negros, castanhos, crespos, lisos, encaracolados, etc ... e bundas? Bundas eu parei para olhar, apertar, beijar, morder, estranhar os tamanhos, as formas, os furos, mas não são como os cabelos, os quais não preciso de muito esforço para vê-los ou para acariciá-los, que me envolveram em tantas paixões verdadeiras e que por esse motivo, até hoje, ainda sento na calçada da casa de minha mãe esperando uma moça passar para acompanhar o balanço da beleza de seus cabelos, e minha mãe nunca entendeu por quê eu gostava tanto daquele lugar, e meu amigo continuou não entendendo por que eu gostava de olhar justamente para aquele lugar nas mulheres.

Gosto não se discute!

MEU IDEAL SERIA ESCREVER...

Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta, quando lesse minha história no jornal, risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada”. E então contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história.

O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e re-encontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublim, a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem; foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina.”

E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

(BRAGA, Rubem. “Meu ideal seria escrever...”. 200 Crônicas Escolhidas. Rio de Janeiro, Record, 1977.)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Revista Veja fala sobre A FAZENDA

Por Marcelo Marthe, revista Veja - 15/06/09

A ansiedade é o estado de espírito reinante no reality show A Fazenda, da Record. Desde que o programa estreou, há duas semanas, uma psicóloga foi convocada duas vezes para socorrer os participantes. O caso mais grave é o do modelo e ator Theo Becker, que alterna surtos de fúria com crises de choro – nas quais busca a solidariedade silenciosa dos equinos da tal fazenda.

Numa briga, Theo fez o ator, playboy e encrenqueiro Dado Dolabella engolir esta: "Não fala mais comigo, palhaço. É por isso que o Brasil inteiro te odeia". Volta e meia, ele mira uma foto de sua ex, a modelo Andressa Oliveira, e choraminga: "Volta para mim". Numa singela homenagem, Theo batizou uma égua com o nome da amada, mas seu confidente de todas as horas é o cavalo Lino. Diante desse comportamento ciclotímico, a psicóloga do programa e o médico particular do ator foram acionados. Theo teria levado em sua bagagem remédios ortomoleculares para emagrecer.

Não se sabe se essas drogas têm algo a ver com seu comportamento – ou se é tudo efeito da exposição na TV. "Só damos a ele umas gotas de maracujina", diz o diretor Rodrigo Carelli. Um dia depois de acudir o chorão da estrebaria, a psicóloga saiu a campo para demover a modelo Bárbara Koboldt de abandonar o jogo. Mas Bárbara, que se sentia discriminada por ser menos famosa do que os colegas (vale dizer, por ser uma completa desconhecida), saiu mesmo, perdendo o cachê de 60.000 reais (a atriz Fabiana Alvarez deverá substituí-la). Na quinta passada, novo alerta: o modelo Miro Moreira também falava em sair.
Participantes de reality shows são, por natureza, poços de narcisismo. E as celebridades de segunda linha de A Fazenda têm demonstrado uma ânsia por exposição maior até que a dos anônimos do Big Brother Brasil. Empenhada em fazer boa figura, Babi Xavier tratou logo de engatar um namorico com Miro Moreira (que, depois de dar alguma trela, passou a fugir de seus beijos). Todo esse exibicionismo talvez explique por que certas situações parecem forçadas. Os ataques de fúria do "ogro" Theo Becker (como o apelidaram os colegas), por exemplo, não dei-xam de ter algo de histrionismo. Só Danielle Souza, a Mulher-Samambaia, esmera-se em seu papel de folhagem: um mulherão em roupas mínimas que não abre a boca.

A ansiedade impera também nos bastidores. Maior investimento do ano da Record, A Fazenda não havia mostrado a que veio no Ibope até a semana passada. O stress tornou-se explícito na segunda-feira, quando o ator-brucutu Alexandre Frota perdeu o cargo de assistente de direção em razão de seus atritos com o superior Carelli – e por ter usado uma corrente de e-mails para divulgar o comentário de um blog de fofocas que defendia sua escalação para apresentador, no lugar do apagado Britto Jr. Esse último revelou seu nervosismo ao entrar num bate-boca com Boninho, diretor da Globo responsável pelo Big Brother Brasil.

Chamou Boninho de "antiético" por ter criticado A Fazenda em seu microblog no Twitter. "Não sou jornalista, não preciso ter ética", ironizou Boninho, no mesmo canal da internet. Na avaliação da Record, só no programa de quarta passada é que o travadão Britto começou a se soltar. Mas ainda falta chão. Diante dele, dá até saudade do Pedro Bial.

Ela tem algo estranho ...

Aí, pra quebrar um gelo, e lembrar desse programa horrível que é o A FAZENDA, e esquecer desse apresentador horrível que é o CABRITO JÚNIOR.

PAGUE 5 LEVE 6!! Deu pra entender?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

2012 - Verdade ou Mentira

Dizem que 21 de dezembro de 2012 é o último dia de um ciclo de 26.000 anos. Em um documentário do History Channel de 4 horas, cientistas deram vários testemunhos baseados em fatos científicos, históricos e mitológicos sobre o fim da era a qual vivemos. Impressiona a fundamentação de cientistas que estudando o calendário da civilização Maia descobriram que eles sabiam todos os eclipses da lua até 2012, sendo 21 de dezembro o último dia deste calendário, presumindo-se assim que dali em diante um grande alinhamento galáxico entre todos os planetas do nosso sistema e outras galáxias, o qual acontece num espaço de 26.000 anos, traria consequências catastróficas para o nosso planeta, este alinhamento inverteria os pólos da Terra, fazendo com que o Norte virasse sul e vice-versa, para isso, gigantescos terremotos e maremotos seriam necessários para que isso acontecesse.

Aproveitando a polêmica discussão, o diretor Roland Emmerich, que adora esse assunto catastrófico, vide, O Dia depois de Amanhã, Independence Day e 10.000 A.C. vai lançar o filme 2012 em novembro, com John Cusak, o trailler é de tirar o fôlego, assistam abaixo:



É segurar a ansiedade e esperar novembro para assistir, torcendo para ser só mesmo uma ficção, ou comprar um Balão para o dia 21/12/2012.

O mais cachoeirense de todos

Enquanto eu fico a pensar em algo bom a escrever, me debruço sobre as palavras de Rubem Braga, o homem que sabia viver!

UM SONHO DE SIMPLICIDADE

Rubem Braga

ENTÃO, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.

A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tanta coisa gelada? Antes eu tomava a água fresca da talha, e a água era boa. E quando precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça.

Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca — foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.

Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de repente uma vida de acordar bem cedo? Outro dia vi uma linda mulher, e senti um entusiasmo grande, uma vontade de conhecer mais aquela bela estrangeira: conversamos muito, essa primeira conversa longa em que a gente vai jogando um baralho meio marcado, e anda devagar, como a patrulha que faz um reconhecimento. Mas por que, para que, essa eterna curiosidade, essa fome de outros corpos e outras almas?

Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.

Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver — sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

LASIK - O Laser nos meus olhos

A cirurgia que fiz em BH na quinta-feira foi surpreendente, gostaria aqui de passar a experiência que tive e dar dicas para quem deseja tirar os óculos do rosto como eu, os quais me acompanhavam desde a minha infância, há 27 anos.

Apesar das fotos parecerem assustadoras, tudo é computadorizado, o processo é totalmente indolor e super-rápido.

Primeiramente, escolhi BH porque lá é minha segunda cidade, minha família toda mora lá e seria mais fácil eu me deslocar e me hospedar na capital mineira. Segundo, Belo Horizonte é conhecida nacionalmente como grande pólo de clínicas especializadas em olhos e a oferta pelo serviço é grande, então vale a pena procurar preços.

No meu caso, eu fui indicado por amigos da minha esposa que tinham feito a cirurgia na clínica do Dr. Dalmo, a maioria dos médicos de Cachoeiro indicam esse médico. Liguei para a clínica e fui muito bem atendido, as atendentes fazem de tudo para deixarmos tranquilos, facilitam de todas as formas o lado do cliente, acho que é até mesmo um pouco do jeito bacana de ser do povo mineiro.

Antes de ir à Belo Horizonte, fiz alguns exames aqui em Cachoeiro para não ter o desprazer de chegar em Minas e me dizerem que eu não poderia fazer a cirurgia por algum problema, já que eu havia tido fungo no olho direito há quase 10 anos atrás e me deixava preocupado. Mas depois de feitos os exames o médico me disse que estava tudo ótimo. É importante você fazer esses exames antes, caso não more em BH, para não perder a viagem.

Chegando lá, serão feitos todos os exames novamente, para calcular seu grau, profundidade, pressão, espessura, entre outros. Tudo isso é feito na clínica, depois se tudo estiver certinho, você vai para o centro cirúrgico que fica perto do Parque Municipal.

Um ponto importante a citar é que por causa de 0,5 graus no olho direito (É necessário ter 5 graus ou mais) eu não fiz a cirurgia com a cobertura do Plano Unimed, o que me custaria menos do que R$100,00. Mas apesar da tristeza de não poder contar com o plano tão caro que pago todo mês, a clínica facilitou muito bem o pagamento de R$2.100,00 em 04 vezes.

Para quem não sabe, uma lei obriga os planos de saúde a cobrir cirurgias deste tipo para quem tem grau 5, mesmo que seja em apenas uma vista, o plano é obrigado a cobrir a cirurgia dos dois olhos.

Sobre a cirurgia

Tudo é muito simples. Para se ter uma idéia, fiz os exames pela manhã e operei na parte da tarde. A cirurgia é super-rápida, você entra numa sala de espera, aplicam um colírio nos seus olhos, você aguarda, o médico lhe chama e você pode perguntar qualquer coisa durante o procedimento que é o seguinte:

A palavra Lasik é originada de : Laser Assisted In Situ Keratectomy. Todo o procedimento leva cerca de 3 a 4 minutos no total para cada olho. Gotas de anestésico são aplicadas no olho 5 minutos antes da cirurgia, sendo o suficiente para tornar o procedimento indolor.

Um aparelho é utilizado para se criar um pequeno disco na superfície da córnea e o tratamento a Laser é aplicado na superfície chamada de leito estromal. O Excimer Laser guiado por computador é focalizado na superfície da córnea por cerca de 10 a 30 segundos, dependendo da quantidade de grau do paciente.

Esse feixe de Laser faz uma remodelagem permanente na córnea por uma remoção seletiva de tecido.

Quando o tratamento a Laser é terminado, o disco ou flap é reposicionado, onde essa condição favorece a cicatrização de uma maneira rápida e eficiente, restaurando a nova acuidade visual, sem óculos ou lentes de contato, em questão de horas. A enfermeira lhe ministrará gotas de colírio e o instruirá em como usá-los adequadamente.

Veja a cirurgia no vídeo abaixo:



Bom só sei que entrei na clínica as 13:30h e saí as 15h andando com minha esposa pelo centro de Belo Horizonte, igual uma criança, lendo tudo que eu podia, sentindo-me feliz de não precisar mais dos meus óculos, os quais eu dependia deles para tudo, até para tomar banho!

No primeiro dia você sente um pouco a vista arder, mas depois de um bom descanso a sensação diminui, com a aplicação dos colírios também vai ajudando a aliviar.

Para quem se interessar, a clínica que operei tem um site que é o seguinte:


No site você tem todas as informações necessárias para tirar suas dúvidas, além é claro do contato - e-mail, telefone e endereços.

O Atendimento ficou marcado como o ponto positivo dessa clínica, o que nos tempos de hoje é muito importante para o sucesso profissional.

NÃO PODERIA DEIXAR DE DIZER AQUI QUE SEM MINHA ESPOSA EU HOJE ESTARIA VENDO O MUNDO ENCOBERTO POR UMA NÉVOA DE INCERTEZAS, EM TODOS OS SENTIDOS. VOCÊ É LUZ!

Mate Couro e Guarapan!

Homenagem à Tia Delma. Só ela vai entender essa foto!
Coisas que só BH tem! Saudade demais da conta!

sábado, 20 de junho de 2009

Para os Viajantes

Oração para uma boa viagem

Dai-me, Senhor, firmeza e vigilância no volante, para que eu chegue ao destino sem acidentes. Protegei a todos os que viajam comigo. Ajudai-me a respeitar o trânsito e as suas leis e a dirigir com prudência. E que eu descubra a vossa presença em todas as pessoas e em toda a natureza que me rodeia.

Amém.

DESPEDIDA

Quando vou embora de BH sinto uma tristeza profunda, uma separação amarga da cidade que aprendi a amar desde pequeno, onde estão minhas raízes, minha família e muitas lembranças dos bons tempos de minha infância. Mas apesar de ter nascido na capital paulista, nada mais grandioso do que amar a cidade que me acolheu e que tenho orgulho de dizer para onde eu vou que sou de Cachoeiro.

No meio de tantos poetas, tento eu, ser algo parecido, reconheço que não chego nem aos pés do maior de todos os escritores nascidos na minha cidade, Rubem Braga.


Rubem Braga (nasceu dia 12 de janeiro de 1913, em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, Brasil - faleceu dia 19 de dezembro de 1990, Rio de Janeiro). Escritor brasileiro.

Despedida

E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.

Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.

E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?

Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.

Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.

A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.

Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág. 83.

BH sempre BH!

Belo Horizonte, MG - sábado, 20 de junho de 2009.

Ôu! Tamo passando muito mal da conta aqui viu? Segunda-feira volto a postar mais, vou falar sobre a cirurgia nos olhos, abrir os olhos para quem usa óculos e tem a chance de começar a enxergar tudo novamente de maneira rápida!

Agora vocês me dão licença que eu vou bater uma perninha aqui na capital mineira e comer a pizza de calabreza no Pizzarela que não pode faltar! Depois voltando a Cachoeiro é correr e caminhar pra perder as calorias acumuladas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte!

Na foto: Chapa de carne, frango, linguiçinha, arroz, vinagrete, farofa, mandioca e batata no queijo e um chopp Mulatinho, preto, pequeno e com muito creme! Shopping Cidade - Restaurante Redentor.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Im Your's

Bela música, assista o vídeo, veja a tradução:



I'm yours (tradução)
Jason Mraz

Eu Sou Seu

Bem, você fez que fez comigo e você pode apostar que eu senti
Eu tentei ser frio mas você é tão quente que eu derreti
Eu caí por entre as fendas, agora estou tentando voltar
Antes que o frio passe, eu estarei dando o meu melhor
E nada me deterá a não ser intervenção divina
Reconheço que é minha vez novamente de ganhar algo ou aprender algo

Mas eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode esperar, eu sou seu

Bem, abra sua mente e veja como eu
Abra seus planos, e caramba, você é livre
Olhe dentro do seu coração e você encontrará amor, amor, amor

Ouça a música do momento que pessoas dançam e cantam
Nós somos apenas uma grande família
É nosso direito divino ser amado, amado, amado, amado, amado.

Então eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode esperar, tenho certeza
Que não há necessidade de complicar, nosso tempo é curto
Este é nosso destino, eu sou seu

Eu passei muito tempo verificando minha língua no espelho
E me inclinando para trás só para tentar vê-la melhor
Meu hálito embaçou o vidro
Então eu desenhei uma nova careta e ri

Acho que o que estou dizendo é que não há razão melhor
Para se livrar da vaidade e apenas ir com o ritmo
É o que pretendemos fazer
Nosso nome é nossa virtude

Então eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode mais esperar, eu sou seu

Abra sua mente e veja como eu (Não hesitarei)
Abra seus planos, e caramba, você é livre (Não há mais, não mais)
Olhe dentro do seu coração e você verá o céu é seu (Isso não pode mais esperar, tenho certeza)

Então, não por favor, não por favor, não por favor
Não há necessidade de complicar (O nosso tempo é curto)
Porque o nosso tempo é curto (Este é o nosso destino)
Isto é, trata-se, este é o nosso destino
Eu sou seu

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O que é ser Cachoeirense

Cachoeirense ausente17/06/2009 - 00h00 (Outros - Outros)
João Baptista Herkenhoff

Que belíssima escolha a do Cachoeirense Ausente Número 1 deste ano. Michel Misse é bem o símbolo do que há de mais nobre na alma cachoeirense.

Quem não é iniciado nas coisas de minha terra pode não entender muito bem o que estou dizendo. Perguntará com razão: existe mesmo uma alma cachoeirense?

Para alcançar o sentido do que seja a alma cachoeirense é necessária uma incursão pelos caminhos da Antropologia, da História e da Poesia.

Antropologia, etimologicamente, deriva do grego e significa "estudo do homem".

A Antropologia Cultural ou Etnologia estuda as criações do espírito humano, que resultam da interação social, como notou Emídio Willens. Essas criações desdobram-se em conhecimentos, idéias, técnicas, habilidades, normas de comportamento, hábitos adquiridos na vida social e por força da vida social.

Como observa Naylor Salles Gontijo, a Antropologia, por encerrar um sentido de totalidade, pode revelar informações completas das caraterísticas biológicas, culturais e sociais do homem.
É com a lente do antropólogo que podemos entender o que é a alma cachoeirense.

Essa alma cachoeirense é tão intensa e profunda que Rubem Braga escreveu: "modéstia à parte eu sou de Cachoeiro de Itapemirim."

O grande Rubem não disse: modestia à parte eu sou o curió da crônica; modestia à parte eu sou considerado o maior cronista deste país; modestia à parte eu elevei a crônica de seu modesto espaço marginal para a condição de gênero literário de primeira grandeza. Rubem Braga compreendeu que mais importante do que tudo isto era mesmo afirmar: modéstia à parte eu sou de Cachoeiro de Itapemirim.

A alma cachoeirense tem várias características que a singularizam:a) é marcada pela auto-consciência, ou seja, ninguém precisa demonstrar ao cachoeirense que ele tem uma alma própria; só é necessário argumentar neste sentido para provar aos não cachoeirenses a existência de uma alma cachoeirense;

b) é solidária, ou seja, cachoeirense quando encontra outro cachoeirense, em qualquer Estado da Federação, em qualquer país do mundo, reconhece no conterrâneo um irmão; milhares de cachoeirenses podem dar este testemunho;

c) a alma cachoeirense é totalizante, ou seja, coloca a condição de ser cachoeirense acima de diferenças religiosas, políticas ou ideológicas, o que ficou provado quando, em tempos de ditadura no Brasil, cachoeirense politicamente proscrito compareceu, em segredo, a sepultamento de ente querido em Cachoeiro protegido pela fraternidade dos conterrâneos, de modo a não ser preso.
Venha agora em socorro de nossa tese o testemunho da História.

A alma cachoeirense foi talhada através do tempo. Figuras ilustres e figuras modestas do passado construíram esta alma.

Na política, o grande Jerônimo Monteiro nasceu em Cachoeiro.

Nas artes são cachoeirenses astros como Roberto Carlos, Sérgio Sampaio, Carlos Imperial, Levino Fânzeres, Luz Del Fuego, Raul Sampaio Coco, Jece Valadão, Newton Braga e obviamente Rubem Braga, já citado. Também cachoeirenses anônimos, que não são nome de rua, colocaram seu tijolo na edificação da alma cachoeirense.

Cachoeiro de Itapemirim esteve presente em todos os grandes momentos da vida nacional: Independência do Brasil; Abolição da Escravatura; Proclamação da República; Revolução de 30 (albores do movimento, não o desdobramento que desembocou no Estado Novo); exploração nacional do petróleo; anistia ampla, geral e irrestrita; convocação da Assembléia Nacional Constituinte; destituição, pela via democrática, do Presidente que não foi fiel a suas promessas.
Também a Poesia ajudou a plasmar a alma cachoeirense, exaltando nossas belezas, interpretando nossos sentimentos, através de poetas como Benjamin Silva, Narciso Araujo, Frederico Augusto Codeceira, Solimar de Oliveira, Evandro Moreira, João Mota, Marly de Oliveira, Nordestino Filho, Paulo de Freitas, Athayr Cagnin e muitos outros.

Michel Misse é o símbolo da alma cachoeirense porque titular de todas as características dessa alma. Ele não esqueceu sua cidade natal. Trabalhos, missões e estudos em universidades e instituições do mundo (França, Alemanha, Espanha) não apagaram de sua retina a imagem do Itabira. A trepidante vida intellectual e acadêmica, ministrando cursos, publicando livros, comparecendo a congressos, o vozerio da notoriedade não calou no seu tímpano o doce murmúrio das águas do rio Itapemirim.

Além disso Michel Misse é membro de uma família que prestou relevantes serviços a Cachoeiro. Na escolha de seu nome, não se homenageará apenas o Michel, mas toda a Família Misse, vivos e mortos desta estirpe exemplar.

João Baptista Herkenhoff é livre-docente da Ufes, professor visitante de diversas universidades e escritor. e-mail: jbherkenhoff@uol.com.br
Quem é Michel Misse?
É Bacharel em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974), Mestre em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - IUPERJ/SBI/UCAM (1979) e Doutor em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - IUPERJ/SBI/UCAM (1999). Atualmente é Professor Associado do departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde ingressou como professor em 1978. Integra o corpo permanente do Programa de pós-graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ desde 2000. Dirige o NECVU - Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, atuando principalmente nos seguintes temas: sociologia urbana, comportamento desviante, drogas, criminalidade, violência urbana. Pesquisador do CNPq, coordena Acordo Capes-Cofecub com a Universidade de Lille 1 e participa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia "Violência, Democracia e Segurança Cidadã". Publicou recentemente "Crime e Violência no Brasil Contemporâneo. Estudos de sociologia do crime e da violência urbana" (Rio de Janeiro, Editora Lumen Juris, 2006) e "Acusados e Acusadores: estudos sobre ofensas, acusações e incriminações (Rio de Janeiro, Editora Revan/Faperj, 2008). Dirige a revista "Dilemas - Estudos de Conflito e Controle Social".
Este ótimo texto foi enviado pelo meu amigo Bernard Almeida.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Miguel Reale Jr. sobre o BBB

Um imenso DESSERVIÇO da Rede Globo ao país e aos brasileiros!
 
Artigo do PROF. MIGUEL REALE JÚNIOR sobre o "BBB".

Programas como Big Brother indicam a completa perda do pudor, ausência de noção do que cabe permanecer entre quatro paredes. Desfazer-se a diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Assim, expõe-se ao grande público a realidade íntima das pessoas por meios virtuais, com absoluto desvelamento das zonas de exclusividade. A privacidade passa a ser vivida no espaço público.
 
O Big Brother Brasil, a Baixaria Brega do Brasil, faz de todos os telespectadores /voyeurs /de cenas protagonizadas na realidade de uma casa ocupada por pessoas que expõem publicamente suas zonas de vida mais íntima, em busca de dinheiro e sucesso. Tentei acompanhar o programa. Suportei apenas dez minutos: o suficiente para notar que estes violadores da própria privacidade falam em péssimo português obviedades com pretenso ar pascaliano, com jeito ansioso de serem engraçadamente profundos.
 
Mas o público concede elevadas audiências de 35 pontos e aciona, mediante pagamento da ligação, 18 milhões de telefonemas para participar do chamado "paredão", quando um dos protagonistas há de ser eliminado. Por /sites/ da internet se pode saber do dia-a-dia desse reino do despudor e do mau gosto. As moças ensinam a dança do bumbum para cima. As festas abrem espaço para a sacanagem geral. Uma das moças no baile funk bebe sem parar. Embriagada, levanta a blusa, a mostrar os seios. Depois, no banheiro, se põe a fazer depilação.

Uma das participantes acorda com sangue nos lençóis, a revelar ter tido menstruação durante a noite. Outra convivente resiste a uma conquista, mas depois de assediada cede ao cerco com cinematográfico beijo no insistente conquistador que em seguida ridiculamente chora por ter traído a namorada à vista de todo o Brasil. A moça assediada, no entanto, diz que o beijo superou as expectativas. É possível conjunto mais significativo de vulgaridade chocante?
 
Instala-se o império do mau gosto. O programa gera a perda do respeito de si mesmo por parte dos protagonistas, prometendo-lhes sucesso ao custo da violação consentida da intimidade. Mas o pior: estimula o telespectador a se divertir com a baixeza e a intimidade alheia. O Big Brother explora os maus instintos ao promover o exemplo de bebedeiras, de erotismo tosco e ilimitado, de burrice continuada, num festival de elevada deselegância.
 
O gosto do mal e mau gosto são igualmente sinais dos tempos, caracterizados pela decomposição dos valores da pessoa humana, portadora de dignidade só realizável de fixados limites intransponíveis de respeito a si própria e ao próximo, de preservação da privacidade e de vivência da solidariedade na comunhão social. O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer necessidades sensíveis.
 
Proletários do espírito, uni-vos, para se libertarem dos grilhões da mundialização, que plastifica as consciências.
 
MIGUEL REALE JúNIOR, ADVOGADO, PROFESSOR TITULAR DA FACULDADE DE DIREITO DA USP, MEMBRO DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS.

O ESTADO DE SÃO PAULO, 02 DE FEVEREIRO DE 2009

Meus óculos!

Estou indo hoje para Belo Horizonte, vou operar minha vista, depois de 27 anos vou ter a experiência de enxergar tudo novo de novo, deixar minha timidez de lado, poder enxergar as cores, as coisas, o mundo da maneira que Deus realmente o criou, estou deixando meu companheiro de longa data de lado, encostado no armário como recordação, por muitas vezes fui apelidado de vários nomes, por muitas vezes deixei de beijar alguém por eles, poucas vezes consegui encantar pessoas por causa dessas lentes que diziam ser meu charme, me deixa um tanto estranho pensar que deixarei de acordar procurando-o, não precisarei tomar banho com ele, de chuveiro ou de piscina, mas só de pensar que poderei enxergar minha amada na areia de dentro do oceano, já me traz felicidade e espanta a tristeza de encostar meus óculos para sempre.

Obrigado pela companhia amigo, mas a liberdade é a vontade que mais me perseguiu na vida!

Agora darás lugar àqueles óculos escuros que eu nunca pude escolher na vitrine das lojas por não existir lentes para eles.

Faz parte agora do passado, será sempre lembrado no futuro. Adeus!

Retorno na segunda, renovado, feliz.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Roteiro Rio de Janeiro

Serviço de utilidade, espero ajudar a todos com esse roteiro que fiz.

Bom pessoal, voltei do Rio de Janeiro hoje, foi muito bom, já morei no Rio entre 1996-1999, confesso que dessa vez foi a melhor de todas, junto com minha esposa, andamos por vários lugares legais, a chuva atrapalhou a visitação de outros pontos turísticos como a Lagoa, Gávea e Ipanema, mas sexta, sábado e domingo foi muito legal.

(Foto: "Minha" Sorveteria na Av. Nossa Senhora de Copacabana)

É bom conhecer o local onde você está indo para não gastar dinheiro à toa, por isso resolvi postar aqui preços de lugares, linhas de metrô e ônibus e como ir e voltar dos pontos sem gastar muita grana. Para começar, como chegar e onde ficar?

Antes de tudo, é bom frisar que na chegada da Rodoviária Novo Rio, tome cuidado com as taxas cobradas pelos taxistas, uma viagem normal até Copacabana com bandeira 2 fica em torno de R$25,00, quando chegamos quiseram cobrar R$40,00 na malandragem. Como eu já conhecia essa malandragem de longa data e pelo fato de ter chegado pela parte da tarde, deixei os taxistas falando sozinhos e embarquei com minha esposa num ônibus "Frescão"que vai até Ipanema, pelo preço de R$4,00 por pessoa, ou seja, uma economia de R$32,00. O ônibus nos deixou na porta do hotel é só pedir ao motorista explicando a ele qual rua você vai se hospedar.

(Foto: Míriam na sacada do Hotel Apa dando vista para a Rua Barata Ribeiro)

Bom, já é a segunda vez que eu escolho um hotel em Copacabana, porque Copa é o centro de tudo, e este hotel fica a duas quadras da Estação do Metrô Cardeal Arcoverde, três quadras da Praia de Copacabana, uma quadra da Av. Nossa Senhora de Copabana, faz esquina com a Barata Ribeiro, tem farmácia, supermercado, feira, restaurante, bares, Mc Donalds, Bobs, tudo pertinho, o Hotel se chama APA Hotel, é a tarifa mais barata que consegui, a atenção via e-mail mais rápida, e o principal, aceitaram cobrar meia hospedagem, os outros com quem fiz contato, não. Além do atendimento muito bom, serviço de internet, ótimo café da manhã. A diária custa R$170,00 com 10% de taxa de serviço. Mas vale a pena. Os quartos não são muito grandes, mas são muito bons.

Pela manhã depois de tomar o seu café no hotel, é bom dar um passeio pela praia de Copacabana, principalmente aos domingos quando o trânsito da pista paralela ao calçadão é fechada para o público, ali pode-se alugar bicicletas, pedalinhos, correr, tomar água de côco e caminhar até o leme ou até o Forte de Copacabana. Não deixando é claro, de tirar aquela clássica foto do Copacabana Palace!

Para quem gosta de um shopping center e quer ir até o Rio-Sul, basta pegar qualquer ônibus na Av. Nossa Senhora de Copacabana, atravessar o Túnel da Av. Princesa Isabel e descer no primeiro ponto de ônibus, a tarifa de ônibus é de R$2,20 e do metrô, R$2,80. Para voltar do Rio-Sul até Copacabana, nada de pegar táxi, basta seguir em direção ao Canecão e pegar a passagem que fica abaixo das avenidas, saindo do outro lado e pegando qualquer ônibus que vá para Copa.

Outra opção de Shopping muito boa, é o Shopping Tijuca, muito melhor do que o Rio-Sul, com mais variedade de lojas, com preços mais acessíveis, para chegar lá, pegue o Metrô na Cardeal Arcoverde e vá até a estação Saens Peña, a última da linha 1, chegando lá saia pela praça Saens Penha, atravesse a Avenida do Lado Direito e desça até o Supermercado Mundial, atravessando-o, em seguida atravesse uma outra galeria de lojas e pronto, você está dentro do Shopping Tijuca, aproveite para comer um gostoso Donuts na praça de alimentação! (Foto: Me lambuzando com Donuts do Shopping Tijuca)

Para voltar, basta pegar o metrô de volta, pelo mesmo caminho não tem erro!

Outro ponto turístico bastante visitado é o Centro da Cidade, descendo na estação do Metrô Carioca, ali você tem acesso à Av. Rio Branco, a principal do centro do Rio de Janeiro, pela esquerda você pode ter acesso ao centro histórico do Rio, onde existem várias lojas com preços muito bons e visita uma área de arquitetura original do tempo do Império, a melhor pedida desse local é visitar a Confeitaria Colombo, local de visitação obrigatório, pela beleza única, os preços são meio salgados mas vale a pena sentar e comer um doce delicioso e tomar um café vislumbrando a beleza dos vitrais e dos móveis da época de glamour e romantismo.

Fundada em 1894, na rua Gonçalves Dias - coração do Rio - a Confeitaria Colombo faz parte do patrimônio cultural e artístico da cidade, fica paralela à Av. Rio Branco numa ruazinha apertadinha de paralelepípedos, o site é o seguinte:


Vale muito a pena visitar, indispensável e garantia de lindas fotos.

Na Av. Rio Branco ficam também localizados, o Teatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional, quando fomos visitá-los estavam em obras por isso não temos fotos para postar, mas é uma dica ótima para quem desceu no centro para conhecer a história antiga da cidade.

Para ir até a Lapa, a dica é ir à noite, pois é o horário onde acontecem os shows e as pessoas frequentam os barzinhos, os arcos são iluminados e tudo isso deixa o ambiente com a cara do Rio de Janeiro, um ar de boemia com música raiz do povo carioca. Se quiser ir de metrô basta descer na estação Cinelândia e descer uns 200 mts para avistar os arcos. Embaixo dos Arcos da Lapa ficam o Circo Voador, a Fundição Progresso, além de vários bares e outras casas de show! Muita badalação!


O contato do Hotel Apa é o seguinte:


Fica na Rua República do Perú, esquina com Barata Ribeiro.

Para ver os mapas das estações do metrô:


Foto: (Estação Metrô Copacabana - Cardeal Arcoverde)

Até breve em outro passeio! Obrigado pela visita!

Cristo Redentor

Como Chegar:

Bom, o Cristo Redentor é um capítulo à parte. Primeiro porque é o passeio mais bonito de todos e também o mais confuso.

Para ir de Copacabana ao Cristo é fácil, basta você pegar o ônibus 584 na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e ir até o Largo do Machado, onde todo mundo descer, você desce. O ponto fica na Rua das Laranjeiras numa subida onde do lado esquerdo você já enxerga o ponto do trenzinho que sobe para o Cristo.

Aí é que começa a confusão. No dia que fomos, no sábado, foi o primeiro dia do feriado que abriu um solzinho, então o mundo inteiro (gringos de todos os lugares) resolveram ir ao Cristo Redentor ao mesmo tempo, simplesmente, uma fila gigantesca aguardava para ocupar os lugares do trem, antes de chegar na estação, descendo do ônibus e atravessando a rua, você já é recebido por um monte de homens de roupa verde oferecendo uma Van por R$40,00 por cabeça, isso porquê?

Por que o trenzinho tinha uma fila gigantesca com espera prevista para 1:20 h na fila, o preço do trem é de R$36,00 e ele leva você até o pé do Cristo Redentor, mas precisa esperar.

A van, por R$40,00 te leva até um ponto onde foi permitido ir de automóvel, antes qualquer carro particular podia subir até o pé do Cristo, mas segundo um motorista da van, os flanelinhas começaram a tomar conta do morro cobrando para estacionar até R$30,00, então a prefeitura cortou o barato desses lacraios e determinou o fechamento da estrada para o acesso final. Assim, o órgão municipal concedeu à uma empresa de vans o transporte para o Cristo. Nesse esquema todo ocorre o seguinte, você optando pela van lá embaixo na Rua das Laranjeiras, paga R$40,00 já com o ingresso que você precisa pagar de R$13,60 na porta das vans lá em cima.

Antes de você chegar no pé do Cristo, a van que você pagou os quarentinha te deixa no Mirante Santa Marta que é na metade do caminho para o Cristo onde você pode tirar umas fotos muito legais e depois continuar a subir, nesse mirante Santa Marta também tem a opção de alugar um helicóptero. (Foto: Mirante Santa Marta)

Assim que você deixa o mirante, você chega numa ponte e uma estação, onde você deixa a van e entra numa fila gigantesca para pegar as vans oficiais que sobem e descem até o pé do Cristo. Mas como você já tem o ingresso desde lá de baixo, você enfrenta só uma fila, a fila para pegar a van, quem sobe de carro particular precisa deixar o carro encostado no morro, enfrentar a fila para comprar o ingresso (R$13,60) e depois enfrentar a fila para pegar a van! É uma confusão sem tamanho! Tem que ter disposição, mas existem várias vans oficiais o que diminui o tempo consideravelmente.

Existe a opção de fazer o caminho a pé, mas é pra quem tem disposição e muita coragem, porque é longe, a estrada é sinuosa, demora mais ou menos 1h para chegar a pé até o ponto onde as vans deixam os visitantes.

Chegando no Cristo é um espetáculo à parte. A vista é maravilhosa, o monumento é maravilhoso, a altura é espetacular, você enxerga o Rio de Norte a Sul, Leste a Oeste, é tudo de bom, sem contar que a estátua é gigantesca e linda, existe lá em cima uma estrutura muito boa, com banheiros, bar, restaurante e loja temática, mas com preços para turistas estrangeiros pagarem. O negócio é levar pilha extra pra tirar muitas fotografias porque o passeio é realmente maravilhoso.

Como chegamos lá por volta das 16h, no inverno, um vento perturbador, a temperatura devia estar uns 10 graus com a sensação térmica do vento gelado, além de ter um milhão de pessoas, ficou difícil para tirar fotos num ângulo legal, porque a escadaria em frente ao Cristo, onde todo mundo tira aquela famosa foto com os braços abertos estava tomada de gente, então várias pessoas estavam deitando no chão para conseguir um melhor click dos braços do grande Jesus Cristo!

Com o frio espantando qualquer um desavisado com pouca roupa, só deu tempo de subir, tirar as fotos e ficar na enorme fila esperando a van para descer, na volta, quando chegamos na Rua das Laranjeiras, pegamos um ônibus 583 em direção à Copacabana e descemos no Shopping Rio-Sul para comermos uma gostosa pizza em fatia da Pizza e Cia. A melhor de todas!

Pão de Acúcar - Pista Cláudio Coutinho

Como Chegar:

Para quem está em Copacabana é simples, no meu caso peguei a estação de Metrô Cardeal Arcoverde e desci logo na primeira parada em Botafogo, saindo da estação basta pegar o ônibus 511 (a tarifa é de R$2,20) que fica ao lado da saída, este ônibus lhe deixará na praça do bondinho, basta seguir em frente e você verá o portão de entrada para a estação, subindo as escadas você chega na bilheteria e desenbolsa R$44,00 por pessoa, mas vale a pena, porque o passeio é fantástico, como fomos num feriado, demos sorte de termos chegado cedo, por volta de 9:30 da manhã, porque quando descemos a fila estava gigantesca, tem gente do mundo inteiro, lá é a verdadeira torre de babel, gente falando francês, italiano, alemão, coreano, japonês, espanhol, etc ...

Após pagar o ingresso você é encaminhado para as roletas onde chegam os bondinhos, são embarcados 70 pessoas por vez, na roleta você encosta o bilhete com o código de barras e aguarda a subida para o primeiro morro. Na entrada existe exposição de maquetes, lojinha temática e também banheiros, mas em todas as estações existem lojinhas, bares, cafés e banheiros também.

É bom na volta do bondinho, para quem precisar ir ao banheiro, aproveitar a estrutura do local nas estações, pois, lá embaixo na praia ou nos arredores não existe banheiro público, eu e Míriam precisamos ir a um restaurante, tomar um suquinho de laranja para conseguirmos ir ao banheiro, no final pensei, poxa, paguei 2,80 pra ir no banheiro e ainda ganhei um suco de laranja, tá ótimo!

O bondinho é grande e lá de dentro dá para tirar fotos da paisagem, a subida demora apenas uns 2 minutos, chegando na primeira estação há vários pontos para tirar fotos, no sábado quando fomos haviam obras e partes da estação estavam inacessíveis, mas chegando você já tem a recepção de vários macaquinhos.


Após tirar algumas fotos na primeira estação você tem opção de descer ou subir para o próximo morro que é o mais alto, tem uma altitude de mais de 500 mt, a subida faz suar as costas para quem tem medo de altura como eu, mas eu inventei de amarrar o cadarço do tênis no momento da subida e a minha esposa ficou com a missão de tirar as fotografias, depois ela ficou me procurando pelo bondinho e me descobriu quase sentado no chão com as pernas bambas!

Na segunda estação a vista é ainda mais linda, vê-se grande parte da cidade, as praias da zona sul, a zona central da cidade, o aterro do Flamengo e Botafogo, além de Niterói e toda beleza do oceano atlântico, é um passeio fantástico e maravilhoso, único para quem visita a cidade e indispensável para quem quer ter uma grande recordação desse lindo e maravilhoso cartão postal, vale a pena a grana desembolsada, que na minha opinião é para padrão europeu, R$44,00 cada pessoa, se você vai em casal como eu fui com minha esposa são quase R$100,00 só para pagar os ingressos, fora o que você poderá gastar com café, lanche, lembranças das lojinhas lá em cima, etc.

O ideal é sair com um bom dinheiro de casa, no mínimo R$150,00 no bolso, mas lá no Pão de Açucar já existe a facilidade de se pagar os ingressos com Cartão de Crédito ou Débito o que é bem melhor do que desembolsar uma grana que pode fazer falta lá em cima depois.

Para descer basta aguardar na estação, sempre com os ingressos na mão para passar pelas roletas na ida e na volta, não desfaça dos bilhetes pois eles são necessários para subir e descer do Pão de Açucar, além é claro de uma bonita recordação do passeio.

Pista Cláudio Coutinho:

Para quem curte a natureza, descendo do Pão de Açucar você pode visitar a Praia da Urca e também a Pista Cláudio Coutinho, um caminho margeando as pedras do morro do Pão de Açucar, rodeada de árvores e vegetação original além é claro de caminhar quase 2.000mt ao lado de um mar azulzinho e na companhia de vários miquinhos, na pista Cláudio Coutinho você pode levar umas frutas, como a banana que eu catei do hotel na hora do café da manhã, e tentar fazer amizade com os saguís, assim que eu avistei um e tirei a banana da bolsa, logo se juntaram, dois, três, quatro e no final das contas era pouca banana para sete macaquinhos muito simpáticos que vieram comer na minha mão.

A pista é aberta ao público não precisa pagar nada, é utilizada pelos amantes da caminhada, corrida e escalada de rapel, é um local super seguro pois é preservada pelo exército brasileiro, muita gente utiliza a pista e as famílias levam crianças para o passeio, é um ambiente agradável e de rara beleza, difícil de se ver em grandes centros brasileiros, é por esse e outros motivos que o Rio de Janeiro é chamado Cidade Maravilhosa!

Para voltar à Copacabana:

Saindo da Praça do Bondinho pegue a segunda rua à esquerda e siga até o ponto de ônibus, lá você pode pegar o 512 - Urca - Leblon (Via Copacabana) se você pegar apenas o Leblon você vai dar uma volta pelo Leblon antes de chegar em Copa!

Quinta da Boa Vista - Maracanã - Del Castilho

Como chegar:

Bom, o programa de Domingo é visitar a Quinta da Boa Vista, Zôológico, Maracanã e Del Castilho, tudo isso feito por metrô, saindo da Estação Cardeal Arcoverde de Copacabana, seguindo pelos trilhos submersos até a Estação Estácio, dali você precisa descer para a linha 2 do Metrô que segue para a Zona Norte do Rio de Janeiro, com a chegada da Copa de 2014, a Prefeitura do Rio está em obras para ligar a linha 1 a linha 2, onde, em breve, não será necessária a transferência de vagão para chegar ao Maracanã.

Quinta da Boa Vista e Zôológico:

Após pegar o metrô da linha 2 na Estácio você já desce na primeira parada, a Estação São Cristóvão, saindo da estação em direção à Quinta da Boa Vista você dobrará à esquerda e descerá uma rampa que dá acesso ao portão principal do parque após atravessar uma avenida lateral à linha dos trens.

Esse é um bom programa para quem gosta de ver animais, o RioZôo é muito legal, antes de chegar no Zoológico você atravessa a Quinta da Boa Vista que é um gigantesco parque arborizado onde as famílias levam os filhos para passear, andar de bicicleta, pedalinho, jogar futebol, etc ... é um excelente programa para as manhãs de domingo. Dentro da Quinta da Boa Vista existe o Museu Nacional de História Natural, uma construção magnífica erguida no perído de Don Pedro II. (Foto: Museu Nacional de História Natural)

Para chegar no Zoológico você precisa andar um bom caminho do portão de entrada da Quinta da Boa Vista até a bilheteria do zôo, mas vale a pena pela grandiosidade de área verde que existe, uma imagem que talvez quem more em Cachoeiro nunca poderá vislumbrar aqui na cidade.

No Zôológico você paga um ingresso de R$6,00, crianças de até 1,13 m não pagam ingresso, na frente da portaria tem um medidor de menores, é só encaixar a criança ali e ver se ela está de acordo com as normas técnicas da ABNT.

Entrando na bilheteria você tem uma diversidade enorme de animais, os mais visitados são os macacos e os grandes mamíferos, quando fomos pela manhã eles estavam muito preguiçosos e correndo atrás dos raios solares que ficam refletindo no alto das jaulas fazendo com que os bichos fiquem num local muito alto para apreciação. Quem rouba a cena são os chipanzés, Tigres, Onças, Elefante e Girafa, mas existem várias jaulas de répteis, quelônios, etc. Quem roubou a cena mesmo nesse passeio foi o Urso, ele deu um show para o pessoal que estava tirando fotos o tempo todo, confira no vídeo postado abaixo.



Maracanã:

Se você escolher sair direto de Copacabana para o Maracanã, basta seguir o mesmo roteiro para o Zôo bastando apenas saltar na estação Maracanã que fica logo após a estação São Cristóvão, no Maracanã você já sai do Metrô e tem acesso direto ao Estádio pela rampa lateral, se você é Flamenguista como eu, você precisa sair da rampa e seguir em frente contornando o Maracanãzinho até a entrada principal onde fica a famosa Estátua do Belini, essa é a entrada da turma do Rubro Negro. Os hotéis cobram caro para levarem os clientes, cerca de R$100,00 por pessoa, de Metrô você gasta R$5,60 de passagem ida e volta e o ingresso, saindo e chegando com segurança. Escolhendo ir de ônibus basta pegar o 464 na Avenida Nossa Senhora de Copacabana que vai lhe deixar na porta do estádio em frente à Estátua do Belini. O Metrô funciona até as 23h de segunda à domingo.

Del Castilho:

Para quem gosta de um passeio ao Shopping, na mesma linha do metrô para a Quinta da Boa Vista e Maracanã existe a estação Nova América/Del Castilho, saindo da estação você tem acesso a uma rampa que fica na entrada do Shopping Nova América, não necessitando de atravessar ruas ou avenidas, você já "cai"dentro do Shopping.

Antes de falar sobre o shopping, é interessante citar que você de dentro do metrô tem uma visão de parte do Subúrbio do Rio, os trilhos passam pelo Morro da Mangueira e por cima de comunidades como o Jacaré, mas tudo muito seguro, pois fica a uma altura que oferece segurança para os usuários e também uma bela vista.

O Shopping Nova América é excelente, foi construído numa antiga fábrica e toda sua arquitetura externa foi preservada, é grande, com grandes lojas, cinema e duas praças de alimentação gigantescas, uma delas é parecida com uma rua cheia de bares que foi construída na área externa do shopping, muito legal!

Para voltar a Copacabana de qualquer um dos roteiros acima, pegue o metrô sentido Estácio, troque de trem para linha 1 subindo as escadas e depois entre no trem sentido Zona Sul - Siqueira Campos que é a última estação de Copacabana, no meu caso como fiquei na Rua República do Peru, desci na estação Cardeal Arcoverde.