segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O CEMITÉRIO


O CEMITÉRIO
(Alex Cardoso)

As almas pedem passagem,
Os vivos querem distância,
Para alguns, o fim da viagem,
Para outros a Porta da Esperança.

Quebrando o silêncio do espaço,
Só o vento faz cantoria,
Morada de manso regato,
Paz, de noite ou de dia.

Local Público e democrático,
Onde descansa todo tipo de gente,
Cenário de um palco dramático,
De mortos famosos ou de indigentes.

"Lembra-te que tu és pó",
Ditava aquela inscrição,
Meu pai me deixara só,
Enterrando minha grande paixão.