terça-feira, 19 de outubro de 2010

ED HARRIS - E os Snipers - Action Figure

Ontem chegou para mim uma escultura que troquei com minha amiga Patrícia de São Paulo, trata-se de Ed Harris, escultura feita pela Toy City, um pouco inferior a escultura que a DiD fez para o personagem Erwin Koenig, do belíssimo filme Círculo de Fogo, que retrata o duelo entre os mais famosos SNIPERS da Alemanha e da Rússia, nesse último caso era o Soldado Vasily Zaitzev, interpretado pelo ator Jude Law.

Capa do Filme Círculo de Fogo

A minha figura foi adaptada no corpo de um soldado da Lufftwaffe (Força Aérea Alemã) e caiu muito bem no uniforme cinza do soldado com a caixa de suprimentos.

Foto Colorida da Figura

Ed Harris interpretando o Major Erwin Koenig

Figura de Ed Harris

Ed Harris

Jude Law interpretando Vasily Zaitsev

História sobre os Snipers:

SNIPER 
Fernando Diniz
Especialista em Armamentos e Tropas Especiais

O sniper (tocaieiro, franco atirador ) sempre ocupou uma posição impar, seja dentro de Forcas Militares, ou na imaginação popular. Com o advento constante de armas de destruição cada vez mais sofisticadas e letais, ele continua a desenvolver seu trabalho armado apenas com um rifle de ferrolho, ou semi-automático, e sua fria coragem.


A mera menção de seu nome, sniper, carrega com ela um ar de ameaça. Seu trabalho tem uma aterrorizante simplicidade , localizar e abater seu alvo a distancia, sem ser percebido. Ele também pode atuar como um excelente observador avançado , colhendo valiosas informações sobre o inimigo, durante longos períodos de inatividade. Mas isto são apenas funções auxiliares. Sua função principal é levar o terror e a desmoralização ao adversário, pela eliminação silenciosa de seus membros.

Pela maneira como trabalha, o sniper não é bem visto por seus companheiros de farda. Sua relação com eles é pouco amistosa, e os snipers geralmente são solitários ou relacionam-se apenas com os da sua própria espécie.


Sua presença numa frente de batalha é sinônimo de problemas. Quando começa a operar, invariavelmente suas ações geram retaliação por parte do inimigo, geralmente na forma de bombardeios de artilharia, o que sempre causa baixas entre seus companheiros.

Alem disso, a presença de um sniper sempre atrai seu equivalente do outro lado,e nos jogos mortais que sniper e contrasniper travam, acaba sempre "sobrando" para mais alguém.



Por todas estas coisas, e pelo fato de ser considerado pouco mais do que um assassino covarde, pois mata a distancia, faz com que não cultive amizades nos lugares onde atua.

A simples presença de um sniper pode imobilizar unidades inteiras, por tempo indeterminado, em frentes importantes de batalha, como foi provado nas batalhas pela posse da capital da Chechenia, Grozny, onde muitas vezes, um simples sniper checheno, e muitos eram mulheres, detinha forcas russas por dias, fazendo com que o avanço geral fosse interrompido.


Podemos começar a traçar a origem dos snipers na Guerra de Independência dos Estados Unidos, onde as forcas americanas criaram, com veteranos caçadores de peles, acostumados a longos períodos de solidão, unidades de sharpshooters ( atiradores de elite ), equipados com rifles Kentucky, os quais, pela qualidade de sua manufatura e longo comprimento de cano, tinham mais alcance e eram mais precisos do que os fuzis dos soldados britânicos. O desempenho destas unidades levava o pânico aos corações dos soldados de Sua Majestade, que não tinham sequer como combate-los, pois nunca os viam, ouvindo apenas o assobio da bala.


I e II Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra Mundial, os alemães foram os primeiros a se darem conta das vantagens do emprego de miras óticas para equiparem os fuzis Mauser de seus atiradores de elite. Foram também os primeiros a utilizarem pares de snipers, onde enquanto um dispara, o outro serve de observador e guarda-costas.


Ingleses e americanos seguiram os passos dos alemães, embora quando a guerra terminou, tenham abandonado o assunto.

Quando começou a Segunda Guerra Mundial, apenas os alemães e os soviéticos tinham mantido seu treinamento especifico para snipers. Os alemães tinham melhores armas e sistemas óticos, porem os soviéticos os suplantavam em técnicas de camuflagem.

Quem não viu o filme da Paramount "Circulo de Fogo" que mostra, embora de uma forma romanceada, o duelo particular travado, durante a batalha de Stalingrado, entre o sniper soviético Vasili Zaitsev, camponês dos Montes Urais, e o Major Erwin Koenig, mestre sniper alemão e instrutor na escola de snipers do Exercito do Reich.

Vasily Zaitsev

Erwin Koenig


A verdade sobre este duelo, que durou três dias, num mortal jogo de rato e gato, é que, numa jogada de mestre, Zaitsev forçou o alemão a expor-se por apenas uma fração de segundo...Foi o suficiente...Zaitsev viveu muitos anos após a guerra, condecorado com a Ordem de Lênin e a de Herói da União Soviética. Seu fuzil de tocaia encontra-se ainda hoje exposto no Museu da Grande Guerra Patriótica, em Volgogrado, novo nome de Stalingrado. Terminou a guerra com impressionantes 400 abates, o mesmo numero de abates que tinha Koenig quando morreu.

Os ingleses e americanos precisaram reaprender novamente a lição, porém a partir daí, avançaram rapidamente, especialmente os americanos, que tiveram que enfrentar snipers japoneses nas campanhas do Pacifico.

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O hobby de Figuras 1/6 é extremamente vasto, os uniformes alemães, os mais luxuosos e bonitos da guerra são os mais produzidos pelas fábricas de figuras, mas também existem milhares de modelos Americanos, Ingleses, Russos, Japoneses e até mesmo Brasileiros (customizados).

É um hobby saudável e que agrada a todos que chegam perto para ver a qualidade da produção das fábricas americanas (Dragon) e chinesas (Did, Soldier Story e Hot Toys).

Há também figuras de cinema, das Guerras Civil, Vietnã, Coréias, personagens de Roma, Gladiadores, etc ... o que falta mesmo é o governo perceber que em nosso país não existem fabricantes desses produtos e a importação (única forma de adquirir as figuras) deveria ser menos tributada já que não afeta o mercado interno justamente por não existir fábricas que os produzam. A importação deixa um produto que custa em média 60 dólares (cerca de 100 reais) duas a três vezes mais caro, inibindo assim a sua comercialização e revoltando os colecionadores que precisam pagar caro para adquirir as figuras no mercado interno.