(Alex Cardoso)
Não tenho culpa da tristeza que carrego,
Se das minhas aventuras, antes mesmo da tortura,
pelo meio do caminho, jogo as armas e me entrego.
Não tenho vergonha da minha covardia,
Dessa cara tristonha escondida em olhares e sorrisos,
Sou guerreiro machucado por dentro com sorriso lá fora de falsa alegria.
Não tenho forças para mostrar nada mais do que sou,
Pequeno, frágil, homem cruel, contaminando tristeza, solidão.
Posso parecer bom, humilde, inteligente, sentimental,
mas ninguém ouse experimentar o que se passa dentro desse coração.
Não tenho coragem de abandonar a vida, ainda,
Tal qual é a certeza do meu destino, do meu destino não posso fugir,
Serei forte, aguentarei o que Deus preparou para mim, caminho de espinhos será sempre meu caminho,
Não tenho vontade, de ficar relembrando amores, nem os sabores traduzidos em seus beijos e abraços, amores são verdadeiros lampejos de alegria para alguém que nem mesmo sabe o significado de sentimento que lhe rodeia, mas que em toda sua vida nem ao menos lhe foi notado.
Se necessário for, viverei como vampiro saboreando sempre do meu próprio sangue, tentando afastar qualquer pessoa das garras desse homem triste que chora a derrota pela qual nunca lutou.
Dizem que Deus é o caminho para tudo, sem dúvidas, deva ser este o caminho pelo qual venho batalhando para cruzar durante toda essa vida, e muito provavelmente, nessas encruzilhadas e armadilhas que venho passando, na minha covardia e falta de luta, possa morrer desistindo da vida, mas rezando para encontrar a luz no fim do túnel, chamada JESUS.
Na frente de Deus me ajoelharei, sem armas, sem roupas, sem cavalo, apenas um pobre que queria ser rico, mas que foi rico sem saber o quanto Deus lhe deu.