Apesar de trabalhar na área eu sou extremamente contra a utilização de outdoors, principalmente em Cachoeiro onde o abuso e a falta de regulamentação estão poluindo a paisagem da cidade que já tem um ar de cidade suja há muitos anos, digo suja em todos os aspectos, desde a falta de lixeiras nas ruas, ao excesso de outdoors, aos cartazes colados nas paredes, às placas de publicidade das lojas, ao som das campainhas dos prédios, às peruinhas de som, escapamentos de motocicletas adulterados, ao som alto (funk) dos carros e celulares de pessoas sem nenhum pingo de educação.
Enquanto isso, em São Paulo, no ano de 2008 (Lei Cidade Limpa - tema da minha monografia) todos os outdoors foram excluídos da paisagem, há projetos em Belo Horizonte e até mesmo em Vila Velha, agora é a vez da cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro começa por meio de lei a excluir esses objetos gigantescos do ambiente urbano, uma grande medida que beneficia o turismo, a população e o meio ambiente.
Há muitas e muitas formas de divulgar a empresa e o produto, sem atentar contra o bem estar da população para beneficiar um pequeno grupo de empresários, com outdoors sucateados e sujos, colagens mal feitas e propagandas que ficam ao tempo mesmo depois de passadas as suas promoções, além disso o outdoor perdeu a função de publicidade para ser utilizado para fazer politicagem, declarações de amor, ódio e todo tipo de sacanagem! É pagar e levar!
A CIDADE DO RIO DE JANEIRO AGORA PODE SE ORGULHAR DE SER CHAMADA CIDADE MARAVILHOSA!
Reportagem:
RIO - Cartazes e letreiros publicitários, instalados em prédios do Centro, vão começar a desaparecer a partir desta quinta-feira, um dia após a publicação do decreto municipal que proíbe esse tipo de propaganda em 22 bairros do Rio. O documento combate a publicidade em imóveis que possa ser vista da rua. A operação de limpeza da paisagem vai começar pela Avenida Beira Mar e continuará diariamente, até toda a publicidade irregular ser removida.
Publicidade em prédios: a poluição visual com dias contados
Prefeitura proibirá outdoors no Centro e na Zona Sul
Nesta quarta-feira, a Secretaria de Ordem Pública (Seop) vai organizar o restante do cronograma, que alcançará também a Zona Sul da cidade. A Avenida Beira Mar foi escolhida para iniciar a operação por ser um local onde as coberturas de prédios são marcadas pela presença maciça de propagandas.
— Essa via tem uma das maiores incidências desse tipo de publicidade, que passou a ser irregular, além de ser um local emblemático em relação à paisagem — justifica Alex Costa, secretário Especial de Ordem Pública.
Segundo ele, pelo menos 60 profissionais vão fazer a retirada,dos equipamentos, que promete ser trabalhosa:
— Além dos funcionários da secretaria, contaremos com o apoio de homens da Defesa Civil, que dominam a técnica do rapel; da Rioluz, para desligar possíveis refletores, e da Secretaria de Obras, que podem ajudar a desmontar as estruturas. Também vão participar da operação fiscais da Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização da prefeitura. Trata-se de um trabalho técnico, que deve ser feito com cautela.
Entrar nos prédios pode ser outra dificuldade a ser enfrentada pela equipe, segundo ressaltou Costa:
— Pode acontecer de algum porteiro dificultar nosso acesso ou de esse profissional nem mesmo existir em alguns prédios. Neste caso, os fiscais serão fundamentais para nos auxiliar na abordagem.
Segundo estimativas da secretaria, no Centro e na Zona Sul há 30 outdoors, 200 propagandas em empenas (painéis instalados na parede lateral de prédios) e 70 letreiros em coberturas, que perderão o alvará. Existe ainda a propaganda irregular, estimada em 75 diferentes tipos de painéis.
Os próprios donos podem se adiantar e retirar os letreiros dos prédios, regularizando sua situação junto à prefeitura.
Comércio terá 180 dias para adequar letreiros.
A publicação do decreto também serve de notificação a estabelecimentos comerciais, que terão 180 dias para adaptar seus letreiros. A partir de agora, os nomes dos estabelecimentos terão que respeitar tamanhos pré-determinados. Lojas com até dez metros de largura de fachada poderão ter placas de 1,5 metro quadrado. Já fachadas de 11 a cem metros de largura poderão ter anúncio com quatro metros quadrados. As fachadas com mais de cem metros quadrados, por sua vez, devem ter até dois anúncios de dez metros quadrados.
Outra proibição do decreto diz respeito à associação de marcas publicitárias aos nomes do estabelecimento. Isso, muitas vezes, acontece com bares, que estabelecem parceria com empresas de bebidas, por exemplo.
O novo decreto foi batizado de “Rio Limpo” e inspirado na experiência de São Paulo, com a Lei da Cidade Limpa, sancionada em 2007. A legislação carioca, no entanto, é mais flexível do que a paulistana, já que não atinge toda a cidade nem a publicidade veiculados em ônibus e táxi. O documento estipula uma Zona de Preservação Paisagística e Ambiental (ZPPA).
Promessas de limpeza
Antes do anúncio do decreto, o prefeito Eduardo Paes já tinha feito algumas tentativas para coibir a tomada da cidade por painéis e empenas publicitárias irregulares. Também foi atacada a propaganda nas areias: barraqueiros foram proibidos de exibir marcas de empresas nas cadeiras e guarda-sóis. Em 2010, a Seop identificou e notificou 47 anúncios na cidade que estavam em desacordo com a legislação.
O ex-prefeito Cesar Maia também prometeu rigor contra a poluição visual com a retirada de placas publicitárias dos canteiros centrais das vias da cidade, ao assumir o cargo pela segunda vez em 2001, e várias operações foram realizadas, em especial na Barra da Tijuca. Mas a própria prefeitura deu mau exemplo: junto com um patrocinador, o município foi processado pelo Ministério Público, que entendeu se tratar de publicidade disfarçada a decoração de carnaval em 2004. Em 2008, pouca coisa havia mudado. As mensagens publicitárias voltaram a anunciar grandes eventos e até lançamentos de filmes. Naquele ano, o então vereador Paulo Cerri chegou a lançar um projeto de lei que pretendia proibir a instalação de outdoors e painéis em edifícios, mas a medida foi contestada na época.
Cesar Maia também reprimiu a publicidade irregular em seu primeiro governo (1993-1996). Em 1996, o então subprefeito da Barra da Tijuca, Luiz Guaraná, chegou a ser preso durante uma operação para retirar placas do estado, quando Marcello Alencar era o governador. Durante a gestão de Luiz Paulo Conde, que foi prefeito do Rio de 1997 a 2000, também foi publicado um decreto que previa a revisão das concessões de espaços publicitários urbanos, em 1999.
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