sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

AO MEU AMIGO BOB ...


 O cão doméstico descende do lobo. Logo, estamos a falar de um animal que, regra geral, necessita de um líder a quem seguir.

Um cão nunca deve ser visto como uma peça de mobília! Tem personalidade própria, necessidades próprias que devem ser entendidas e respeitadas pelos seus donos, correndo o risco de se tornarem pouco agradáveis se não forem respeitadas as suas características genéticas.


O comportamento destes animais, não é, nem pode ser, igual entre raças, nem sequer dentro da sua própria raça, sendo moldado em função dos donos, do espaço onde vive, do modo como é tratado e alimentado. Por isso, todos os comportamentos que a seguir descrevemos devem ser entendidos como os mais comuns, podendo ser diferentes dos que aqui apresentamos. É normal e natural que o leitor tenha um cão de determinada raça com um comportamento diferente dos referidos, não fique preocupado!



O Weimaraner:

Seu temperamento é vivo, sincero, afetuoso e alegre. É um cão que pode ser utilizado em todo tipo de caça. Este cão é extremamente fiel, se bem treinado, gosta muito de correr e brincar, não é agressivo, e é meigo com as crianças. Ele tem uma paciência incrível com todos da casa. É um cão que não tolera ficar muito tempo no canil. Alguns weimaraner latem muito e escalam cercas. São ótimos caçadores. Muito dócil, mas sabe proteger o dono e seu ambiente, quando necessário. É também desportivo e versátil, pois tem boa resistência física. Curioso, é dotado de uma habilidade única para imitar os movimentos humanos como, por exemplo, abrir trincos e maçanetas para fugir de casa.

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Se você não tem condição de ter um cão, doe-o para alguém que possa cuidá-lo, dar carinho e alimentação decente.

Bob (Roger), hoje foi um dos dias mais tristes da minha vida ... vou sentir saudades de você! Minha janela não vai ter mais a mesma alegria, não vou correr mais pelos corredores com um pão nas mãos, não vou dar tchau pra você de noite enquanto fecho a cortina, enfim, você estará sempre na minha lembrança, lamento por ter tomado essa decisão hoje. Foi por amor.

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Bob, era um cão que morava na casa atrás do meu prédio, ele foi de família rica, mas como se mudaram, foi doado a um homem, que por não ter lugar para criá-lo deixou na casa de seu filho, que por sua vez, não cuidava do animal, seu balde de água era enchido pela chuva e ficava no sol, a comida era dada de vez em quando à noite, eu meio que o adotei, cuidava dele e fizemos uma grande amizade, ele até aceitou ser chamado de Bobinho (Bóbinho - é assim que se pronuncia), vinha correndo abanando o rabo e esfregava a língua na boca parecendo que dizia: Opa, janta!


Bob, estava mal cuidado, maltratado, infestado de carrapatos, e recentemente um câncer no testículo apareceu, em poucas semanas o tumor aumentou tanto que seus testículos estavam do tamanho de uma manga rosa, o bicho sofria, então decidimos conversar com o pai do suposto dono, e hoje resolvemos sacrificá-lo.

Hoje foi um dia para eu esquecer ... as janelas do meu quarto, sobre as quais eu admirava minha cidade, não tive coragem de chegar mais, já faz 1 semana.

No dia que Deus me conceder novamente a possibilidade de ter um cão, como sempre tive minha vida toda, eu com certeza terei um Weimaraner e ele com certeza terá o nome Roger, mas eu sempre o chamarei de Bob.